Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil
A AJEB foi fundada em 8 de abril de 1970, na cidade de Curitiba (PR), por iniciativa da jornalista e escritora Hellê Vellozo Fernandes, após representar o Brasil na Reunión Mundial de Periodistas y Escritoras, realizada no México. Este evento deu origem à AMMPE (Asociación Mundial de Mujeres Periodistas y Escritoras), e inspirou Hellê a criar, no Brasil, um espaço voltado à valorização da mulher escritora e jornalista: nascia ali a AJEB.
Desde o início, a AJEB se propôs a ser mais do que uma entidade de classe — seu objetivo era unir e fortalecer mulheres por meio da palavra, criando uma rede de apoio, valorização da escrita feminina e promoção da cultura. Com o lema “A perenidade do pensamento pela palavra”, proposto por Maria Eunice Müller Kautzmann, fundadora da AJEB-RS, a associação consolidou-se como um espaço de pertencimento e expressão.
A AJEB foi construída com base em uma estrutura descentralizada, por meio de coordenadorias estaduais. A primeira a ser criada fora do Paraná foi a do Ceará, em 1974, liderada por Cândida Maria Santiago Galeno. A partir de então, a AJEB cresceu e se estabeleceu em diversas regiões do Brasil, alcançando, ao longo das décadas, mais de 20 estados, com centenas de associadas.
Cada coordenadoria atua de forma autônoma, promovendo ações culturais locais, lançamentos de livros, saraus, eventos e coletâneas. Ao mesmo tempo, elas seguem as diretrizes da AJEB nacional, fortalecendo a presença da associação no cenário literário brasileiro.
Um dos grandes marcos da atuação da AJEB é a publicação de suas coletâneas literárias, que servem como instrumento de visibilidade para a autoria feminina. A primeira coletânea, “O Livro da Ajebiana”, foi lançada em 1979, reunindo 80 autoras de todo o país. Desde então, foram lançadas 13 coletâneas nacionais e dezenas de antologias regionais, como a série Palavras, publicada anualmente pela Ajeb-RS desde 1986.
Essas publicações mostram a diversidade de estilos, gêneros e experiências das Ajebianas. Elas cumprem um papel histórico e político: resgatam memórias, constroem narrativas sobre o feminino e legitimam a presença da mulher na literatura brasileira — um espaço historicamente marcado por exclusões.
Além da produção literária, a AJEB é uma rede de relações humanas. Muitas associadas relatam que encontraram na instituição um espaço de acolhimento, amizade e estímulo à criação. A associação oferece oportunidades para escritoras de todas as idades e origens publicarem seus textos, participarem de eventos e trocarem experiências.
A história da AJEB também acompanha a trajetória do feminismo no Brasil, reforçando a ideia de que escrever é um ato político. Ao dar voz a mulheres em contextos históricos diferentes, a associação ajuda a construir uma narrativa mais justa, plural e sensível da cultura brasileira.
Nos últimos anos, a AJEB ampliou sua presença por meio da realização de Encontros Nacionais e Internacionais. O I Encontro Nacional ocorreu em 2018, em Fortaleza (CE), e o I Encontro Internacional foi realizado em Lisboa, Portugal, em 2022. Esses encontros fortalecem os laços entre as coordenadorias e reafirmam a missão da AJEB de conectar mulheres por meio da palavra, dentro e fora do Brasil.
Hoje, com mais de 700 associadas ativas, a AJEB é reconhecida como uma das mais importantes redes de escritoras do país. Seu legado é construído diariamente pelas mãos, palavras e trajetórias das Ajebianas, que seguem escrevendo, publicando e inspirando novas gerações.
Mais do que uma associação, a AJEB é um espaço de resistência, memória e criação. Ela prova que, quando as mulheres se reúnem em torno da palavra, são capazes de transformar não apenas suas histórias pessoais, mas também o panorama da literatura e da cultura brasileira.
Hoje, com mais de 700 associadas ativas, a AJEB é reconhecida como uma das mais importantes redes de escritoras do país. Seu legado é construído diariamente pelas mãos, palavras e trajetórias das Ajebianas, que seguem escrevendo, publicando e inspirando novas gerações.
Mais do que uma associação, a AJEB é um espaço de resistência, memória e criação. Ela prova que, quando as mulheres se reúnem em torno da palavra, são capazes de transformar não apenas suas histórias pessoais, mas também o panorama da literatura e da cultura brasileira.
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